quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Véspera de Natal

Época de Natal, período de paz, empatia, compreensão... QUE MENTIRA! HOJE, cada um se preocupa com o seu interesse particular, sobrepondo o que é coletivo. HOJE, as pessoas estão cada vez mais agressivas, em todos os lugares. Não estão acostumadas a ouvir não, mas sim ter seus desejos e vontades sempre atendidos, não importando em que situação ouviu o "não" fatídico. Um simples "não vejo/compreendo dessa maneira", causa um mal estar, como se tivesse ofendido a digníssima matriarca da vossa família. Um "obrigada" que tem-se como resposta áspera "fiz porque tinha que fazer" deixando a demonstrar como que se não fosse obrigação do sujeito te auxiliar naquele momento, ele nem olharia para as suas necessidades. A cada dia percebo uma "in-volução": ao invés de evoluir com sentimentos e ações dignificantes, que causam bem-estar e felicidade, tanto em que a faz quanto em quem observa, o ser humano vem executando o contrário disso, praticando a "in-volução", sendo cada vez mais hipócrita e agressivo com os outros, em todos os momentos e datas do ano, não importando as datas festivas como o Natal, uma vez que se fazem o mal durante 364 dias no ano, nao é porque é NATAL que seria diferente... O significado do Natal a muito se perdeu... Desejo que em 2010 sejamos menos hipócritas e pratiquemos menos o mal com nossos semelhantes, só espalhando a empatia o mundo tornar-se-á melhor, ou pelo menos mais generoso...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Catorze anos: duas realidades

Uma regrada de "facilidades": 8ª série em escola particular, dinheiro "fácil", família, bem ou mal, próxima e preocupada com as suas ações, com o "onde você estava até essa hora?" com o "o que esteve fazendo" e que dá horário para chegar em casa "senão..." Outra que vive com a mãe alcoolista, o padrasto de quem sofre abuso e os irmãos mais novos, está em defasagem escolar, 5ª série de escola pública, vítima de violências domésticas, foge de casa para nao enfrentar essas situações, mas sempre, sempre retorna, pelos irmãos, para tentar evitar que tais situações pelas quais passa ocorra com os mais novos. Uma utiliza-se de linguagens "da moda" que, fora do seu contexto classe média-alta, desconhece o real significado do que profere. Outra faz uso dessas mesmas palavras para sua proteção nos momentos em que é obrigada a estar, ficar e dormir na rua. Uma: "inocente". Outra: "escolada" pela vida. Ambas: 14 anos. O que podemos fazer para que se tenha um meio termo entre essas realidades tão divergentes?